domingo, 25 de outubro de 2009

Rick Bonadio parte 2


Artista que não faz sucesso é ruim, defende Rick Bonadio

Produtor de NX Zero e Fresno rebate críticas dos independentes e reafirma: "os festivais são péssimos"

Os festivais são péssimos. E ponto. O mesmo não se pode dizer da cena em si, já que há bandas de qualidade. Esse é o diagnóstico do produtor Rick Bonadio em sua segunda entrevista ao Abril.com sobre o rock independente do país.

O novo parecer é ameno em relação à entrevista por e-mail

Causou, claro, a ira dos produtores e artistas da cena. O contra-ataque foi baseado no fato que, por não freqüentar os festivais, Bonadio não teria legitimidade para criticá-los, assim como tampouco as bandas que produz são reconhecidas por suas letras.

Desta vez, o produtor respondeu às perguntas pessoalmente no estúdio de sua propriedade, o Midas, em São Paulo. Ali revelou seu sonho de consumo: trabalhar com os Racionais MC’s.

Abril.com: Você falou que alguns festivais são péssimos e teve uma repercussão...
Rick Bonadio:
Os festivais são péssimos.

Todos? Você chegou a acompanhar algum?
Eu acompanhei todos, e deixei de acompanhar justamente por essa coisa, que se formam panelinhas e curadores de festivais que são caras totalmente alienados do que realmente é a música boa. Claro que existem exceções, mas no geral o que rola é o seguinte, é “o amigo, do amigo, do amigo”. E uma coisa que é um fato, que você até pode me ajudar a lembrar: eu não lembro de banda que tenha feito sucesso no Brasil que tenha saído desses festivais.

Chico Science e Nação Zumbi saíram do Abril Pro Rock...
Chico Science e Nação Zumbi não fizeram sucesso por causa do Abril Pro Rock, eles participavam porque era do lado da casa deles. Vamos lembrar dos últimos sucessos: Raimundos não saiu de festival nenhum, Mamonas [Assassinas] também não, Charlie Brown Jr. nunca se quer participou desses festivais.

O que você acha de bandas como Móveis Coloniais de Acaju. Você conhece?
É uma banda que dentro do independente tem uma das melhores carreiras, e saíram dos festivais...

Conheço. Eu acho que o caminho feito pelas bandas independentes é feito pelas próprias bandas, e esse caminho não passa pelos festivais. Já participei de vários, você chega lá e pensa: ‘porque não toca qualquer tipo de som, fica só aqueles “papos-cabeça”, essas coisas meio de Recife, umas letras meio esquisitas, meio retrô. Chato pra caramba! Eles tocam mal pra burro, não tem uma consistência. E tem bandas boas querendo entrar e que eles não deixam. concedida por Bonadio em 2 de outubro. Na ocasião, o produtor de NX Zero e Fresno foi taxativo em declarar que os festivais independentes eram péssimos e formados por panelinhas, além de criticar a qualidade das letras das bandas da cena.


Fonte: Abril.com

Rick Bonadio dá a dica. “Bandas novas têm que inovar”.


Para o produtor musical Rick Bonadio o sucesso de uma banda depende exclusivamente da atitude e talento artístico.


A máxima “nada se cria, tudo se copia” não funciona com o produtor musical Rick Bonadio, conhecido por ter trabalhado com nomes de peso como Mamonas Assassinas, Tihuana, Charlie Brown Jr. e CPM 22. Para ele, o sucesso de uma banda depende exclusivamente da atitude e talento artístico de seus integrantes. Além disso, a música deve conter dois ingredientes essenciais: inspiração e inovação. “Eu acho que a banda tem que encontraro seu próprio caminho e trazer alguma novidade para a música”, defende.

Em entrevista ao Bandas de Garagem, o produtor diz o que espera de uma banda iniciante e dá dicas de como se pode encurtar o caminho para uma carreira musical bem sucedida. Bonadio comenta ainda sobre a falta de incentivos por parte do governo e também não economiza palavras para criticar o Ecade, órgão responsável pela arrecadação e distribuição de direitos autorais. “É uma porcaria e que só serve para atrapalhar os músicos”. Confira a seguir a conversa com o produtor.

Qual é o ponto essencial para o sucesso de uma banda?

Rick Bonadio: O fundamental é artista, a banda, o cara de
talento. Eu não gosto e não acredito que tenham muito futuro bandas novas
que copiam artistas que já estão fazendo sucesso. Eu recebi ‘300 mil’ cds
demos de bandas que copiavam os Mamonas Assassinas, depois eu recebi ‘300
mil’ que copiavam Charlie Brown Jr. e outras tantas que copiam hoje o
CPM22. Eu acho isso muito ruim, não gosto e não acredito que funciona. Eu
acho que a banda tem que encontrar o seu próprio caminho e trazer alguma
novidade para a música.

A banda tem que definir um estilo musical?

Rick Bonadio: Eu acho que não. Quando eu vou ouvir uma demo
eu procuro ser surpreendido. A dica maior que eu poderia dar as bandas
novas é procurar surpreender o cara que vai ouvir a sua demo. Se você vai
mandar para uma gravadora ou para um produtor tente ir diretamente na
novidade, criar uma história nova.

Então, por exemplo, uma banda que faz hard rock com sonoridade e letras
anos 70 não tem chance de gravar um disco?


Rick Bonadio: De gravar um disco sim, mas de fazer sucesso
poucas, por que o hard rock anos 70 é uma coisa que já foi, datada e que
já passou. Na minha opinião, já era. Tem tanta coisa nova pra ser feita e
o cara vai fazer hard rock dos anos 70? Vai ser difícil ele trazer
alguma novidade dentro desse estilo.

E a nova safra de bandas européias, como por exemplo o The Strokes, que
traz uma sonoridade anos 70 com uma roupagem diferente?


Rick Bonadio: Você ter influências é uma coisa. Fazer um
estilo que já foi feito é outra. Eu acho que ter influência dos anos 70 é
positiva. Os riffs de guitarra do Charlie Brown Jr. têm muita influência
dos anos 70: tem Led Zeppelin, tem AC/DC. Tem coisas de hard rock, mas
eles fizeram de uma maneira diferente, construíram um novo estilo. Eu acho
que é a mesma coisa que o The Vines e o The Strokes, bandas que têm essa
coisa anos 70.

O rock é mais técnica, atitude ou inspiração?

Rick Bonadio: Definitivamente não é a técnica. O conteúdo
artístico do rock não está na técnica. Você ser um bom músico não
significa que você é um bom roqueiro. Eu acho que está na atitude, nas
letras, na mensagem e no estilo que você consegue impor na sua canção. A
mistura de tudo isso resulta na novidade que você faz, na forma de você
trazer uma certa rebeldia - que eu acho que o rock sempre tem isso - e
junto com uma energia forte que pode ajudar você a conquistar mais
seguidores.

Com você vê hoje a cenário brasileiro, no que diz respeito a
incentivos?


Rick Bonadio: Do ponto de vista da burocracia eu acho que a
coisa simplificou muito e hoje todo mundo pode gravar um disco. A coisa
ficou mais fácil e barata. O maior problema é que para se investir em
artistas novos a gente tem um problema de mercado. O governo não resolve o
problema da pirataria, que é uma vergonha e uma coisa que poderia ser
resolvida facilmente se a gente tivesse governantes sérios, preocupados
com a cultura. Eu acho que temos um problema sério e para o futuro acabará
resultando no surgimento de menos artistas.

E a questão do incentivo?

Rick Bonadio: Além do governo não dar dinheiro e incentivo,
todos os festivais que você tem são de iniciativas privadas, de pessoas
que amam o rock e que fazem isso porque lutam e que têm um ideal. O
governo não ajuda em nada, só atrapalha. Existe o Ecad (Escritório Central
de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais) que é uma porcaria e
que só serve para atrapalhar os músicos e qualquer tipo de show. Não
funciona, não devolve o arrecadado para o compositor e é uma estrutura
completamente antiga, desenvolvida para atrapalhar o desenvolvimento de
novos artistas.

Voltando ao assunto inicial, que dica você daria para bandas iniciantes
que estão começando a compor músicas?


Rick Bonadio: Que a música seja inspirada, não seja copiada.

E o processo de gravação?

Rick Bonadio: Não não se preocupe muito com a qualidade e da técnica, porque se a canção for boa ela vai fazer sucesso e quando for o momento oportuno a banda vai ter condições de gravar isso de uma maneira adequada.

E a questão da divulgação, levando-se em consideração que hoje nós
temos a internet?


Rick Bonadio: O artista novo tem que espalhar a sua música,
usar a internet, ele tem que correr atrás de oportunidade para fazer
muitos shows. Mas ele não deve sonhar que a internet vai resolver o
problema dele. Hoje banda de rock, assim como muitos anos atrás, cresce na
estrada fazendo shows. Não é na internet, isso é uma bobagem. Internet
ajuda, ajuda muito, mas não sonhe que ela vai te transformar num sucesso
por que não vai.

Então fazer shows é essencial?

Rick Bonadio: Para você construir uma carreira sólida você
tem que ter base. Então faça muitos shows, em qualquer buraco. Vai tocar
naquele barzinho do amigo que te dá uma oportunidade, tente abrir shows de
outras bandas, vá a lugares alternativos, mostre a cara e faça shows por
que você vai ganhar experiência e público.

Então a experiência de shows é importante para se gravar um disco?

Rick Bonadio: É essencial para se gravar um disco porque vai sustentar o futuro desse disco.

Fonte: Abril.com


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Banda Ashy & Amigos Comemorou em 11/10/2009

O Aniversário do guitarrista e vocalista da Banda Carlos Alexandre...

Parabéns



Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.
(William Shakespeare)





“O que move a humanidade não são as armas e sim os sonhos”


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Novo disco Charlie Brown Jr

Chorão emagrece 40 quilos e quer ficar longe das polêmicas


Seis meses. Este foi o tempo que Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., quis para repensar a vida, mudar alguns velhos hábitos e voltar ao batente para lançar o disco “Camisa 10 joga bola até na chuva”, com a banda.

As diferenças no skatista podem ser percebidas no primeiro olhar. Chorão emagreceu 40 quilos, passando dos 130 para 90:

— Usei este tempo para me energizar e fiz uma re-educação alimentar.

Mas, para ele, as mudanças mais significativas foram na sua forma de pensar.

— Passei minha vida a limpo e decidi que quero menos polêmicas. Não adianta o que eu faça, em qualquer confusão eu vou estar errado — diz Chorão, que completa: — A minha fama de brigão sempre foi mais fama do que realidade. Rola muito folclore a meu respeito.

No disco, Chorão assina as 13 faixas e aproveita para dizer um pouco o que pensa da vida. Como em “Puro-sangue”, quando fala dos “amigos” aproveitadores.

— Tem muita gente assim, mas, com o tempo, a gente vai aprendendo a separar as pessoas — diz Chorão, que hoje já virou referência para bandas mais novas, como NX Zero, Cine e Fresno: — Acho isso muito legal, mas confesso que não sou fã dessa galera. Respeito o trabalho deles.

Respeito é o que Chorão pede pela sua trajetória:

— Meu pai foi menino de rua e minha mãe é uma ex-doméstica. Se hoje estou onde estou, mereço respeito.

sábado, 10 de outubro de 2009

Herbert de Perto - O Filme



Nos anos 80, surgiam novos grupos de rock vindos de Brasília, dentre eles o Paralamas do Sucesso, que iniciava sua carreira profissional abrindo um show do Lulu Santos no Circo Voador, no Rio de Janeiro, em 1983. Nesta época, o cineasta Roberto Berliner já acompanhava os passos de Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone com sua câmera, e continuou seguindo por mais de duas décadas, presenciando momentos de felicidade e tristeza de um dos principais músicos brasileiros.

O documentário montado por Berlinger e Pedro Bronz mostra Herbert de Perto, contando desde a origem de sua família, com imagens dos anos 60, até os dias atuais, passando pelo trágico acidente de ultraleve em 2001, que matou Lucy, sua esposa, e o deixou paraplégico. O longa conta com depoimentos de Bi Ribeiro, João Barone, Dado Villa-Lobos, Gilberto Gil, Zé Fortes, empresário do grupo, além de muitos amigos e parentes, como o antropólogo Hermano Vianna, irmão do músico.

Trabalhando no Circo Voador, nos anos 80, Roberto teve a chance de filmar diversos shows, dentre eles o dos Paralamas do Sucesso. Anos depois, foi convidado para o grupo para fazer o videoclipe de Alagados, em que começou a se aproximar dos integrantes do grupo. Amigo de Herbert, ele acompanhou os momentos após o acidente sempre de perto. Quando percebeu que o músico não corria mais riscos, decidiu filmar a recuperação para o documentário. Após a pré-estreia, no festival É Tudo Verdade, surgiram novas imagens, como a de Herbert pilotando um ultraleve, que foram acrescidas ao filme.


INFORMAÇÕES

Diretor:Roberto Berliner, Pedro Bronz
Elenco:(documentário)
Nome Original:Herbert de Perto
Ano:2009
País:BRA
Duração:97 minutos
Site:Oficial

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Prévia do DVD "Nirvana Live at Reading"



Nirvana Live at Reading A Amazon liberou uma amostra do DVD Nirvana Live at Reading, que trará a lendária apresentação da banda grunge no dia 30 de agosto de 1992, no festival britânico na cidade de Reading. Kurt Cobain, líder de um dos atos pioneiros do grunge, cometeu suicídio quase dois anos depois. A performance antecipada é de "School", presente no álbum de estreia do grupo, Bleach. Clique aqui para assistir ao trecho. O DVD do show poderá ser comprado na loja virtual a partir de 3 de novembro, assim como um álbum homônimo (a pré-venda já está aberta). Duas semanas depois, as prateleiras recebem edição especial em vinil duplo. O combo de lançamentos chega seis meses depois do lançamento de um DVD não-oficial do show, Life Takes no Prisoners. É possível encontrar momentos do concerto no YouTube, mas Nirvana Live at Reading se estabelece como a primeira versão oficial (no caso, sob o selo da Universal Music). No final de setembro, outra novidade do Nirvana veio à tona: dessa vez, uma versão inédita de "Scoff", inserida na edição de aniversário de 20 anos de Bleach.
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http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/faixa-ao-vivo-inedita-do-nirvana-esta-na-rede/
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http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/5034/